sábado, 21 de agosto de 2010

Que nem pipoca

E escolhi este nome por dois motivos, porque é assim que sempre estou... correndo e pipocando por aí.
Além disto, tem uma história que eu adoro, que está no meu livrinho e que tem tudo haver comigo que se chama que nem pipoca, e diz mais ou menos assim...


Que nem pipoca

A tia Rô é amiga da minha mãe.
Ela não enxerga, igual ao tio Edu e ao Cris.
Ela estuda arte e música
e ainda por cima é atriz.

Este ano, ela nos convidou
para uma peça encenar.
Achei o maior barato
a turma toda juntar.

Ela é especialista
em juntar diversidade.
A peça que ela encena
reúne gente de toda idade.

Tem atores que não enxergam,
cadeirantes e baixa visão,
tem um rapaz com muletas,
equilibrando-se em um portão.

Todos nós nos encontramos
para o ensaio geral.
E a peça, interessante,
entusiasmou o pessoal.

O nome da peça é Pipoca
e conosco tem tudo a ver,
já que é desse jeito
que nós devemos ser.

Tia Rô diz que essa peça
explica coisas da natureza
e do que tem de acontecer
para haver tamanha riqueza .

Fala da transformação,
que todos os seres afeta.
Que proporciona à lagarta
ser a linda borboleta.

E não pense que é fácil
essa tal transformação.
É preciso um desafio
para a concretização.

E a adversidade, a força,
a dificuldade e a pressão
é que levam à mudança
do ser, nesta condição.

E a melhor explicação
é a de ser como a pipoca
quando esquenta no fogão.
Na panela ela se choca
com a força da explosão,
exatamente no momento
em que aceita a transformação.

E o milho, tão redondinho,
estoura e, como o algodão,
abre-se em vários gominhos,
branquinhos na agitação.

E quem imaginaria
que uma má situação
melhoraria tanto o milho
na sua gostosa atuação.

E quem assim assimila
as dificuldades da vida
vira uma linda pipoca
e acha a melhor saída.

Em vez de ficar lá,
sabe aquele piruá
que se recusa a estourar,
sobrando no fundo da panela?

Então vamos atuar
nesta peça da Pipoca,
mostrando as transformações
que o aprendizado provoca.

O Zé virou borboleta,
o tio Cris um ovo de pato,
eu já nem sei o que serei,
talvez uma pipoquinha,
que era como chamavam mamãe
quando ela era pequenininha.

Mas o mais importante
na peça da tia Rô
é reunir a todos nós
e saber que o mundo mudou.

E essa é mais uma história
do mundo que a gente quer.
Nem muito frio, nem muito quente,
simplesmente diferente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails