segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Aula de fotografia

Hoje foi a segunda Aula do Arnaldo Pappalardo na Brasilandia, um programa da Fundação Stickel, em parceria com o fotógrafo e com a Nilon. Foi um dia super especial, porque a Tati Nolla começou a trabalhar conosco e fez uma oficina super bacana de Pin hole que é aquela foto que se tira com uma latinha.
Foi uma oficina super mágica, especialmente porque mostra a perfeição das coisas mais simples. E que o processo da fotografia é realmente algo muito interessante e cheio de poesia.
A revelação foi feita em um laboratório doado pelo meu amigo Jefferson Costa, que acabamos de instalar...

sábado, 21 de agosto de 2010

Delícia de dia no parque do Ibirapuera... Nada como a natureza para alegrar as pequenininhas...

Olha que graça os nenezinhos na praia



Panificação com Estilo

Há dois meses iniciamos pela Fundação Stickel,  um processo com um grupo de mulheres, chefes de familia, desempregadas na Vila Brasilandia. O Programa chamado de Mulheres de talento, visa incentivar e capacitar mulheres acima dos 35 anos, moradoras da Brasilandia, a terem seus próprios negócios.

Nosso objetivo, utilizar a metodologia da FGV de Incubação de Negócios Populares, e um acompanhamento bem próximo da nossa equipe, para gestão.
Na hora de aprender o ofício, conseguimos uma parceria com o Grupo Espírita Batuíra, que já faz um trabalho lindo na Brasilandia, e eles em parceria com o SENAI, disponibilizaram um curso de panificação de dois meses e meio para o grupo.
Tenho certeza que esta será uma cooperativa de panificação muito especial…
E agora ainda escolheram um lindo nome…
DOCES TALENTOS…



A cara delas…

Transition Towns



O movimento das Cidades em Transição, ou Transition Towns, foi criado pelo inglês Rob Hopkins com o objetivo de transformar as cidades em modelos sustentáveis, menos dependentes do petróleo, mais integradas à natureza e mais resistentes a crises externas, tanto econômicas como ecológicas.

Hoje o movimento se faz presente em 14 países do mundo. Já são mais de 8.000 Iniciativas de Transição (em cidades, bairros e até ilhas) e 110 cidades oficiais preparando-se para a Transição.

Aqui no Brasil o movimento foi iniciado pelos Arquitetos Marcelo Todescan e Frank Siciliano e por mim. Fomos há dois anos fazer o curso na Inglaterra e iniciamos os processos por aqui.

Serra foi a primeira cidade oficialmente incluida no rol das Cidades de Transição Brasileiras, e agora existem várias iniciativas sendo estabelecidas.

Há um mês iniciei por aqui, pela Fundação Stickel, uma iniciativa articulando a Brasilandia, na Zona Norte.

Ontem fizemos a primeira reunião formal na Comunidade da Brasilandia… Tem tudo para dar muito certo.

 
As Iniciativas de Transição criam um processo promissor que engaja pessoas, comunidades, instituições e cidades para, juntos, pensarem e implementarem as ações necessárias de curto e longo prazo para enfrentar duas questões emergentes que já começam a se fazer sentir: as Mudanças Climáticas e o Pico do Petróleo.

Através de processos participativos, os alunos irão:

1-Conhecer o contexto das Cidades em Transição e as possibilidades de transformação que emergem com as Mudanças Climáticas e o Pico do Petróleo;

2-Aprender como adaptar os doze passos iniciais do movimento à realidade e capacidade da sua cidade;

3-Saber como utilizar processos de visualização coletiva e tecnologias sociais para o desenho de um futuro de maior resiliência* na sua cidade, bairro ou município de origem;

4-Explorar a relação entre transição interior e exterior;

5-Aprender a organizar encontros efetivos, como palestras públicas, open space e grupos temáticos de trabalho de acordo com o estágio de mobilização do seu grupo e local;

6-Conhecer os pontos mais importantes para uma palestra inspirada sobre Cidades em Transição;

7-Explorar os elementos do desenho de um plano de mudança para desenvolver a capacidade de resistir a choques externos (resiliência), como a escassez de petróleo, crises na produção de alimentos, desabastecimento, falta de água e de energia;

8-Aprender a incluir nesse plano todos os setores da sociedade – governo, setor privado e cidadãos – e todos os aspectos da vida cotidiana – saúde, educação, transporte, economia, agricultura e energia.

Diferente da abordagem fatalista que prevê quadros horríveis de fome, seca, migrações climáticas e morte, as Cidades em Transição têm uma visão realista, mas positiva, do futuro. Acreditam na ação transformadora de indivíduos, comunidades e cidades, através do desenho responsável que projeta no futuro um mundo resiliente e com base local.

O movimento “Cidades em Transição”, que busca diminuir a dependência do petróleo na vida urbana e promover as economias locais, acredita que não existe um modelo único de transição, nem que todas as respostas para resolver o problema da escassez do petróleo e do aquecimento global já tenham sido encontradas.

A idéia é que cada sociedade use a criatividade para fazer a mudança. Para as grandes cidades, uma alternativa é fazer a transição pelos bairros, reforçando o comércio regional.

Totnes, no Sul da Inglaterra, considerada o berço do movimento, espera concluir sua jornada em 2030. Na linha do tempo traçada pelo movimento, quando a tarefa for concluída, muito dos hábitos e costumes da cidade terão sido modificados.

As pessoas deverão consumir produtos locais e a dieta será baseada muito mais em vegetais do que em carne. As escolas passarão a preparar as crianças para as reais demandas da época, como cozinhar, plantar, construir casas a partir de materiais naturais como adobe e barro e a fazer jardinagem.

*Os conceitos de sustentabilidade e resiliência, que é a capacidade que um sistema possui de resistir a choques externos, passarão definitivamente a fazer parte do currículo.

Arranjo Produtivo Local


Trabalhando no setor de desenvolvimento de comunidades há 8 anos, descobri algumas coisinhas, ou melhor, aprendi algumas coisas.. A primeira delas é que não existe desenvolvimento de comunidade sem que todos os atores locais estejam articulados… A segunda é que mesmo eles estando articulado precisa de incubação de grupos específicos e a conexão deles com o todo, num arranjo produtivo local.

Além de tudo isto, precisa do apoio do Poder Público, de ações conectadas e estruturadas…. Enfim…Todo mundo precisa trabalhar junto…senão… Nada muda.

A Fundação Stickel, onde trabalho atualmente, vem incubando dois grupos há dois meses, o de panificação,que já falei e o de Costura, que vou colocar uma fotinho aqui da primeira aula do SENAI.

Acredito muito, muito neste projeto… mas sempre junto com os demais… projetos do território, senão… dificilmente teremos êxito no processo.

A diferença entre querer e querer muito.... Relato da prova do Adventure Camp de Santa Rita do Passa Quatro, 9 de abril, 2007

Correr aventura sempre foi algo que me encheu de prazer, mesmo com os perrengues que a gente passa pensar que algo poderia me tirar da prova só aconteceu uma vez, mas na última prova em alguns momentos a minha cabeça tentou me tirar da prova, mas um pensamento do Fabian me fez continuar, e encontrar força... A diferença entre fazer alguma coisa ou não conseguir, está no sentimento de querer... Quando vc quer alguma coisa, vc pode não conseguir agora quando vc quer muito alguma coisa, aí... pode ter certeza que vc consegue...
Pois é Fá, na saída daquele remo, quando vc me abraçou eu juro que pensei... Você quer terminar essa prova ou vc quer muito... e aí, enxuguei os olhos e pensei.....
EU QUERO MUITO.....
Na verdade terminar essa prova era uma questão de honra, as dificuldades permearam não só o percurso, mas toda a preparação, começamos tentando o patrocínio para as roupas que não veio em tempo, depois a segunda tanden, que acabamos por não conseguir, e mesmo decidindo comprar outra em uma “vaquinha”, não houve tempo hábil para finalizá-la...
Aliás, quem quiser ajudar, a gente aceita qualquer quantia para inteirar a bichinha...
Saímos de São Paulo por volta do meio dia, pegamos a estrada e no caminho ao pararmos em um posto nos apaixonamos pelo Terrôncio, um Tigre de Bengalas de pelúcia que passou a ser nosso mascote, foi carregado toda a prova, e também completou .
Chegamos no sábado à tarde, fizemos o check dos equipamentos, e aguardamos a chegada do mapa. Neste meio tempo pegamos as bikes e as levamos ao PC 6. A bike fez o maior sucesso, ganhou até foto do pessoal do staff do PC.
Depois disto voltamos à sede do Camp. 18:30 o mapa saiu, e plotamos todos os pcs até a hora do briefing, e acompanhamos as explicações com o mapa na mão... Um grande avanço visto que isto é normalmente quase impossível.
Saímos e fomos a uma pizzaria, porque tava todo mundo morto de fome. Enquanto a pizza não vinha fomos estudando o mapa, e azimutando as direções dos pcs. Bom para vcs terem uma idéia a pizza demorou tanto que a gente conseguiu terminar tudo, e ainda conversar com os meninos sobre bússola braille, e como o Cris ajudaria a controlar os azimutes no dia seguinte...
Menino guerreiro este ...
Depois desta longa espera fomos para o hotel, e arrumamos todas as mochilas... Montamos os kits de alimentação, os equipamentos obrigatórios, água, gatorade... e tudo o que precisaríamos no dia seguinte, para poder acordar o quanto antes...
Os meninos estavam super motivados, e eu morrendo de medo da navegação...mas como ninguém nunca ouviu falar dos covardes... Vamos em frente..
Largamos no meio da muvuca foi demais... Uma emoção... corremos e seguimos junto com a galera para o PC1.. Chegamos lá em 35º, uma vitória, já que o trekking é uma das partes mais difíceis quando se é deficiente visual... AH... esqueci de dizer.,.. que esta corrida era tão importante porque seria a primeira que o Terra completaria todos os PCS... Dois videntes e dois deficientes visuais. Na última prova do ano passado, tivemos que pular a parte de remo, porque um dos nossos passou mal.
Pois é... O Fabian, eu, o Cris e o Ricardo, queríamos MUITO, isso.. e estávamos dispostos a trabalhar duro para que acontecesse...
Fizemos os demais PCs o mais rápido possível apesar do trajeto entre o 2 e o 3 ser bem complicado, porque os tropeções eram inevitáveis...
Estes momentos são difíceis porque ao tropeçar os meninos puxam a gente para traz e precisamos fazer muita força ... O Ricardo passou o maior perrengue porque pisou em um tronco e caiu gritando: Estou caindo no abismo... e puxando o Fá pra trás... e o Fá segurando e dizendo: Cara e só um tronco, meu... calma, calma.
Mas neste momento ficamos imaginando que realmente deve ser difícil não saber o que acontece ao seu redor, e confiar de todo o coração... que aquela pessoa á sua frente vai segurar as pontas, e vai saber onde pisa.
O próximo PC era o de remo, e teríamos que nos separar, acabei pedindo a primeira parte do remo porque estava mais acostumada a remar, e achei que ia ser tranqüilo, porque o rio tinha correnteza e isso ajuda, enquanto o Fá e o Ricardo iriam fazer a perna de trekking.
Ledo engano... O Rio era super forte, com lugares super rasos onde tínhamos que aportar, descer do barco carrega-lo, e voltar para a água. Logo depois deste trecho entramos em outro cheio de curvas, onde a correnteza forte e o remo do Cris, que rodava na mão dele, fazendo a pá entrar de lado na água, não deixavam que o barco tivesse controle para que eu pudesse corrigir o rumo e pelo menos para não bater nas curvas que estavam cheias de “unhas de gato”(espinhos) e de bambus.
Não havia meio de controlar a rota, e entramos várias vezes naqueles arbustos. Ficamos presos em uma dessas árvores de espinho, onde os mesmos puxavam a nossa pele como um pequeno anzol a medida que a água arrastava o barco, tentei soltar o Cris, mas os espinhos grudaram em mim também, então fui soltando e colocando o remo na frente para conseguir livra-lo, um desespero, mas saímos e continuamos naquele mesmo perrengue... A galera passando e a gente naquele desespero, o remo girando, o barco sem força e eu já não agüentava mais fazer força e o barco segui na direção dos espinhos.
Comecei a entrar em desespero, porque o tempo todo alguma coisa acertava o barco, ou o Cris, e a mim, e eu não conseguia controlar o barco.
Comecei a pensar que não dava pra continuar daquele jeito, eu tinha que dar outro jeito, de remar sozinha, talvez... Tentei, mas o barco tava furado, e pesava demais...
Aí o Cris falou, calma Mo, a gente vai conseguir...
E naquele momento decidi confiar nele, como ele confiava em mim, aí eu disse... cara, rema forte, e vamos embora... aí passou um cara dizendo que faltava super pouco, que a gente tava indo bem, e que tinha que fazer uma pequena aportagem à frente, e que depois 50 metros adiante estaria o PC. Respirei e seguimos.
Fizemos a aportagem, mas neste processo perdemos um remo... Que jóia, hein...
Fomos então os mais de 50 metros finais com um único remo...
Desci do barco exausta, com os olhos cheios de lágrimas... Foi quando o Fá pegou o barco, ajudou o Cris a subir, me ajudou a subir e me deu um abraço forte dizendo que estava preocupado.
Ele olhou pra mim, e perguntou o que tinha acontecido...
Eu disse que tinha sido difícil...
Ele falou que todo mundo reclamou, que estava difícil pra todo mundo.
Meus olhos continuavam cheios de lágrimas, e ele me falou assim:
Mô, se não der, ok, não deu... sem problemas.,.. quero que vc fique bem...
Nesta hora eu lembrei do que ele me disse um dia, e de um relato do meio Iron que ele fez no ano passado... e pensei: Eu quero terminar essa prova, ou eu quero muito....
Olhei pra ele, olhei para o Cris comendo rápido para continuar e pensei...
EU QUERO MUITOOOOOO.....
Olhei pra ele sério e disse que ia seguir e que tava tudo bem...
Entramos em um percurso de trekking que estava tranqüilo, navegamos pelo azimute, e chegamos rapidinho ao PC, que estava escondido.
Voltamos para o PC 8 e os meninos tinham acabado de chegar do percurso de remo.
Pegamos as Bikes e fomos para os derradeiros 4 Pcs finais. Como não tínhamos conseguido duas tandens o Ricardo seguiu para o PC 13 na cidade para que pudéssemos chegar os juntos.
Fabian, Cris e eu pedalamos loucamente, pelas estradas, e seguimos em direção à torre, um percurso com desnível de mais de 300m. Nesta hora eu já não tinha mais água, e estava sofrendo muito. O Cris me deu um pouco de água, e o Fá me passou o Camel dele, mas não era suficiente.
Aí ele pediu para ver no mapa se havia alguma casa por perto, eu disse que sim, e ele seguiu de bike até uma casa onde encontrou o Carlinhos e a Severina, que foram super atenciosos e encheram nossos camels e garrafinhas, que ele pegou correndo e trouxe para nós. Um super companheiro de equipe, um atleta com espírito de grupo... Amo vc, viu!!!!
Aí veio a piramba e os meninos na Tandem mandaram muito bem, despencaram com tudo e fizeram aquela ladeira rapidinho, foi lindo de ver.
Daí em diante, pedalamos muito em direção ao deserto do Alemão. Nesta hora eu me perdi na navegação, pegamos uma paralela e acabamos errando uns 20 minutos. Logo encontramos o erro junto com uma outra equipe e seguimos em direção ao PC 11.
Lá fomos informados que o vertical não seria mais realizado, e que seguiríamos em direção o PC 13 onde pegaríamos o Ricardo e os alimentos e chegaríamos na praça Zequinha de Abreu onde estava o pórtico, e de onde largamos.
Nessa hora, confesso que veio um gás, e fomos como loucos para a chegada, essa era a última partezinha da navegação e estava demais... pegamos o Ricardo, os alimentos e seguimos os quatro em direção à chegada.;.
Foi lindo... Uma emoção enorme...
Que com certeza só aconteceu, meus queridos,... PORQUE NOS QUATRO QUISEMOS MUITOOOOOOO.....
Obrigada Panelli e Isa, pela força na preparação.
Obrigada Cris, querida pelos treinos e carinho principalmente com os meninos
Obrigada Su, pelo cuidado, pelo carinho e pelos treinos também.
A todos que nos ajudaram, Serginho (Ciclovece), Renato (caminhonete), Maurício (aranhas, power gel, por pular da cama e levar tudo na USP). Amigos, que torceram com tanto amor... Dani, sempre mega preocupada. Beh, sempre na retaguarda, e todos do Grupo Terra e amigos pessoais da equipe, vocês são demais.
Carlinhos e Severina, pode ser que a gente não os veja mais, porém vcs foram muito importantes nesta nossa conquista, obrigada e que Deus os ilumine, estarão nas nossas orações.
Obrigada meus três fofos, Fabian, Cris e Ricardo pela dedicação, pela força e Parabéns por essa conquista...

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